domingo, 8 de fevereiro de 2009

Capítulo 1: Jadis e a Árvore de Nárnia





Avisos:

Os personagens principais e os cenários pertecem ao grande C.S.Lewis.
Spoilers do livro "As Crônicas de Nárnia: O sobrinho do Mago"



A Grande Profecia de Nárnia
Capítulo 1: Jadis e a Árvore de Nárnia


Quando foi criada, Nárnia ganhou uma árvore que seria sua proteção quanto a qualquer investida da Feiticeira Branca, cuja maldade não conhecia limites. Sabedor disso, Aslam havia dito que enquanto essa árvore se encontrasse de pé, a Feiticeira não conseguiria chegar perto de Nárnia. Jádis, que já estava longe, ao norte de Nárnia, permaneceu lá por muito tempo e até saber da existência dessa árvore não conseguia entender a razão porque não podia rumar para o sul. Toda a vez que tentava adentrar Nárnia, um sentimento de desespero tomava conta dela como se estivesse diante de uma ameaça mortal. Pensava ela que aquilo era de fato um encanto realmente poderoso, que só o Grande Leão poderia ter feito. No norte havia alguns gigantes que ela conseguiu dominar e estes foram seus primeiros súditos. Ela sempre usou qualquer tipo de feitiçaria para se impor, e com os gigantes, que se mostravam intelectualmente inferiores a ela, não seria diferente. Mas além dos gigantes, Jádis conquistou para si a lealdade de outros animais que viam nela a expressão de poder jamais visto por eles. Estes se encarregavam em tudo o que a Feiticeira necessitava.
Nárnia virou uma obsessão para Jádis. A cada dia no exílio ela incutia a si o desejo de fazer parte daquele mundo e reinar de maneira absoluta entre seus habitantes. Dominar os gigantes do norte não seria suficiente. Mas para isso percebeu que precisaria antes se fortalecer. Precisaria aprimorar seus encantos e feitiçarias e procurar aprender outras novas. Precisaria ainda descobrir o que havia de tão poderoso que a impedia de entrar em Nárnia. Não poderia enviar alguns gigantes receando que estes a denunciaria, ou não fizesse bem o trabalho, ou talvez nem retornassem. Também não se sentia muito confiante para mandar um minotauro, ou um javali que fosse afim de espionar aquelas árvores fantásticas. Contudo, ela estava certa que logo haveria um plano, ou então alguma grande oportunidade de realizar o que tanto queria.
Enquanto isso, a árvore que protegia Nárnia era a que estava sendo mais protegida por todos. Os narnianos faziam idéia de que se aquela feiticeira aparecesse, boa coisa não seria para ninguém. Até as outras árvores se encarregavam nos cuidados para com esta que era especial. Havia quem viesse de longe só para ver se ela ainda estava de pé e florindo. Os faunos e as dríades faziam festa em torno desta. Todos os reis e rainhas que passaram por Nárnia, até então, a reverenciavam, e sua história era repetida por todos os anos como a mais fantástica das histórias de Nárnia. Saber que fora plantada por um Filho de Adão era motivo de grande orgulho para os narnianos.
Nessa época, havia uma coruja, chamada Lufânia, que se sentia uma verdadeira sentinela dessa árvore. Apesar de um pouco vesga, não perdia um só movimento de quem quisesse se aproximar de sua protegida. Além de que não era a única, mas era realmente uma das mais dedicadas. Por vezes apareciam os anões a limpar os arredores da árvore, e os esquilos limpando suas folhas sedosas, enquanto que Lufânia se mantinha alerta, como se houvesse sempre um inimigo disposto a atacar a árvore.
Essa árvore representava muito para Nárnia. Todo o povo e os animais sabiam disso e se sentiam felizes. Tanto que não imaginavam mais sua vida sem aquela protetora. Estavam simplesmente obedecendo às palavras de Aslam quando disse a todos que cuidassem dela.
Mal sabiam eles que a Feiticeira havia seguido rumo a algumas cavernas sombrias, onde certamente encontraria alguém para aprimorar suas feitiçarias. Passara um bom tempo lá, na companhia de bruxos e bruxas da pior espécie e saiu de lá com um presente que já saberia onde este seria mais útil. Só que no caminho de volta ao exílio, ela encontraria alguém com quem pudesse confiar, e esse alguém seria seu mais fiel seguidor.

Um comentário: